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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

WEB RÁDIO SANTO ANTÔNIO


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domingo, 27 de novembro de 2011

ADVENTO: ESPERA ATIVA DAQUELE QUE VEM

Iniciamos hoje o novo ano litúrgico com o tempo do Advento, dentro do ciclo do Natal do Senhor. Advento significa vinda. É o Senhor que vem ao nosso encontro trazer-nos a vida em abundância de Seu Reino de amor. Como bem indica o prefácio deste tempo, Jesus, o Filho de Deus “revestido de nossa fragilidade, veio a primeira vez para realizar seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação, e revestido da sua glória, virá uma segunda vez, para conceder-nos em plenitude os bens outrora prometidos e que hoje vigilantes esperamos” (cf. Prefácio do Advento I). A primeira vinda de Jesus deu-se no mistério da encarnação, quando Ele assumiu nossa condição humana, no seio de Maria Santíssima, pela força do Espírito Santo, cumprindo assim a vontade amorosa do Pai.

Há mais de dois mil anos, Ele passou entre nós anunciando a chegada do Reino do Pai e nos convocando à conversão, isto é, a orientarmos nossa vida pelo mandamento do amor. Como sabemos, Ele veio para nosso meio, mas nós não o acolhemos! Ele nos trouxe a luz e nós preferimos as trevas! O certo é que depois de sua morte e ressurreição, Ele retornou ao Pai e nos prometeu voltar de novo para conceder-nos em plenitude os bens outrora prometidos.

Desta forma a Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis ao Senhor, vive até a segunda vida de Jesus, uma atitude de espera, pois estamos certos que Ele voltará, mesmo que sem saber o dia nem a hora. Estamos, então, num período permanente de advento, isto é, de espera permanente e vigilante de Sua vinda!

Mas é impossível separar a vinda definitiva do Senhor, no final dos tempos – a parusia – de Sua primeira vinda – o Natal. Então, preparando-nos para celebrar o Natal, o mistério de Sua encarnação, durante quatro semanas, vamos ouvir atentamente a Palavra de Deus, particularmente o profeta Isaías, bem como o anúncio veemente do precursor, João Batista, “voz que clama do deserto” e contemplar a Virgem Maria, gestando em seu seio puríssimo o Filho do Altíssimo e esperando ansiosamente a chegado do Messias esperado pelo povo de Israel, o povo da Primeira Aliança. Este é o panorama das quatro semanas do Advento.

Celebrar a primeira vinda do Senhor, o Natal, não é só fazer a memória do maior acontecimento da história humana – Deus veio morar conosco – mas é assumir o compromisso de fazê-lo nascer de novo em tantos lugares neste nosso planeta onde Ele ainda não nasceu ou onde continua não encontrando lugar para nascer, como aconteceu há mais de dois mil anos em Belém de Judá. Esse compromisso com Seu Natal nos faz trabalhar ativa e permanentemente para sensibilizar toda humanidade em relação a uma nova realidade: Jesus, o Filho de Deus, veio nos revelar que somos filhos de Deus e devemos nos amar e construir uma nova humanidade, sem divisões, sem desigualdades, sem violência, sem exploração nem das pessoas nem dos recursos da natureza, pela ambição do dinheiro. Viver o Advento e preparar o Natal de Jesus é tomar consciência do que se passa ao nosso redor, principalmente da fome que continua matando milhões de pessoas pelo mundo afora e que um novo mundo é possível se acolhemos em nosso coração e em nossa vida o Filho de Deus, o Emanuel – Deus conosco.

Frei Marconi Lins, OFM
Ministro Provincial

sábado, 19 de novembro de 2011

CRISTO REI E JUIZ

Quando foi instituída, a festa de Cristo Rei tinha um nítido caráter militante: celebrava o Reino de Cristo na terra(cf. a espiritualidade da Ação Católica). A renovação litúrgica fez desta festa o encerramento do ano litúrgico, acentuando mais o caráter transcendente e escatológico do reinado de Cristo, ao mesmo tempo rei messiânico (Pastor) e Filho do Homem (Juiz), trazendo a paz e o juízo.

O cerne desta liturgia é a parábola do Último Juízo (Mt 25,31-46), em que Cristo aparece como juiz escatológico, Filho do Homem, pastor messiânico e rei do universo (evangelho). Tal amontoado de imagens numa só parábola não é comum, porém explica-se a partir do fundo veterotestamentário: a imagem do pastor em Ez 34(1ª leitura). Aí aparece Deus como Pastor escatológico (já que os pastores temporários, os reis de Israel, não prestam), para tomar conta do rebanho, cuidar das ovelhas enfermas e pronunciar o juízo entre ovelhas e bodes. O texto completo de Ez 34 (não lido na liturgia) traz ainda outros elementos que permitem compreender melhor a parábola do Último Juízo. Deus fará justiça entre ovelhas gordas e ovelhas magras (protetor dos fracos). Enfim, segundo Ez 34,23s, não é Deus pessoalmente, mas o Rei davídico messiânico que executará essas tarefas.

A parábola de Jesus explica o critério do juízo final: as obras de solidariedade, feitas ou deixadas de fazer aos pobres, são que decidem da participação ou não-participação do Reino. Este critério não é expressamente “religioso”, relacionado com Deus como tal: os justos não sabem que os pobres representavam o Rei, eles não praticaram a misericórdia para impressionar o Rei, mas por pura bondade e compaixão para com o necessitado. Essa despretensiosa bondade, inconsciente de si mesma, e o critério para separar “ovelhas e bodes”, pessoas de entranhado amor e pessoas de mera força.

Ora, olhando para a 1ª leitura, notamos que essa compaixão gratuita, que é o critério do Reino, e, no fundo uma imitação daquilo que Deus mesmo faz.Assumindo a causa dos fracos - dos famintos, desnudos, presos etc. – mostramo-nos filhos de Deus, “benditos do Pai” (Mt 25,34). A tradição judaica atribui a Deus mesmo as obras que são aqui elencadas. De modo que podemos dizer: o Último Juízo será a confirmação definitiva da nossa participação na obra divina, desde já. Pois ser bom gratuitamente é o próprio ser de Deus: amor, misericórdia.

A bondade gratuita e pura revela-se quando a gente se dedica aos que não podem retribuir. É na doação ao “último dos homens”, o pobre, o marginalizado, o abandonado, que a gente dá prova de uma misericórdia de tipo divino. Viver deve ser: assumir a causa dos que mais precisam. Deus mesmo faz assim. Este é o critério da eterna participação no senhorio de Deus e Jesus Cristo, seu filho predileto. Se somos “imitadores” de Deus já agora, podemos “agüentar” uma eternidade com ele (cf. oração final).

A 2ª leitura descreve a total vitória de Cristo sobre todos os inimigos, inclusive a morte. Restaura assim a criação toda, pois, assim como com o primeiro Adão entrou a morte na vida, no novo Adão é vitoriosa a ressurreição. Mas esta vitória não pertence a Jesus como propriedade particular. Tendo submetido tudo a si, ele o submeterá ao Pai, para que Deus seja tudo em todas as coisas, e seja abolido o que é incompatível com Deus. Cristo aparece, assim, não apenas como rei messiânico, mas cósmico e universal. Porém, não um rei triunfalista, pois seu Reino é baseado no dom de si mesmo. É o Reino do “Cordeiro” morto e ressuscitado (canto da entrada), não dos lobos. É a antecipação da vitória final dos que se doam ao mínimo dos seus irmãos.

Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
Fonte: http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/liturgia/liturgiadominical/2011/novembro/201111b.php

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

AS DUAS PAIXÕES DE ISABEL DE HUNGRIA

Mensagem do Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Fr. José Rodríguez Carballo, OFM, no dia 17 de novembro de 2006, quando foi aberto do ano jubilar do 8º Centenário de Nascimento de Santa Isabel, que se encerrou no dia 17 de novembro de 2007.

Queridos irmãos: O Senhor lhes dê a paz!

Inicia-se hoje, oficialmente, o 8º Centenário de Nascimento de Santa Isabel, princesa da Hungria, grã-Condessa de Turíngia e penitente franciscana. Este jubileu, que diz muito especialmente aos irmãos e irmãs da Terceira Orden Regular (TOR) e da Orden Franciscana Secular (OFS), que se honram de tê-la como patrona, há de ser também celebrado convenientemente por nós todos que somos parte da grande Família Franciscana, pois ela é, com toda justiça, uma de suas glórias.

E diante desta celebração jubilar, em profunda comunhão com toda a a Família Franciscana, particularmente com os irmãos e irmãs da TOR e da OFS, é lógico que nos perguntemos: Que mensagem nos dirige, Irmãos Menores, a figura de Santa Isabel? Que pode dizer aos franciscanos de hoje, uma mulher envolta na penumbra de um passado remoto e em um mundo cheio de legendas? Que pode nos dizer esta mulher passados tantos anos e tantas coisas?

Sua mensagem, e que a converte em uma figura realmente atual, ganha força em suas duas grandes paixões: a paixão por Cristo e a paixão pelos pobres. Uma dupla paixão que a coloca em perfeita sintonia espiritual e carismática com Francisco, a quem sem dúvida se inspirou, e com Clara, ambos corações conquistados por Cristo e conquistados pelos pobres, nos quais descubriram a Cristo. Toda sua vida, inclusive sua vida de extrema penitência, só pode ser entendida à luz destas duas paixões.

No caso de Isabel, sua paixão por Cristo levou-a assumir o Evangelho como sua forma de vida, e a vivê-lo no mais genuíno estilo de Francisco: simplesmente, sem rodeios, em todos seus aspectos espiritual e material. Propósito este que se manifesta em suas atitudes existenciais mais profundas, tais como: o reconhecimento do senhorio absoluto de Deus; a exigência de despojar-se de tudo e fazer-se pequena como uma criança para entrar no reino do Pai; o cumprimento, até suas últimas consequências, do mandamento novo do amor.

Ela não deixou nada escrito, mas numerosas passagens de sua vida só podem ser entendidas a partir de uma compreensão literal do Evangelho. Tornou realidade o programa de vida proposto por Jesus no Evangelho:

>> Quem procura ganhar a sua vida , vai perdê -la; e quem a perde , vai conservá -la; Pois , quem quiser salvar a sua vida , vai perdê -la; mas , quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia , vai salvá -la (Lc 17, 33; Mc 8, 35).
>> Então Jesus chamou a multidão e os discípulos . E disse : «Se alguém quer me seguir , renuncie a si mesmo , tome a sua cruz e me siga . Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la (Mc 8, 34-35).

>> Jesus respondeu : «Se você quer ser perfeito , vá , venda tudo o que tem , dê o dinheiro aos pobres , e você terá um tesouro no céu . Depois venha , e siga -me (Mt 19,21).

>> Quem ama seu pai ou mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim. (Mt 10,37).

Sua paixão por Cristo se manifestava e se alimentava graças à uma comunhão profunda com Ele através de uma vida de oração intensa, contínua, às vezes, até o arrebatamento. A consciência constante da presença do Senhor era a fonte de sua fortaleza, de sua alegria, e de seu compromisso com os pobres. Mas também o encontro com o Cristo nos pobres estimulava sua fé e sua prece, pois seu encontro com eles a fazia “identificar-se” com eles. Nada estranho, pois na sua peregrinação para Deus, estava marcada por passos decididos de desprendimento até chegar ao depojamento total como Cristo na cruz. Ao final não lhe restou nada mais que uma túnica cinza e pobre de penitência, que quis conservar como símbolo e mortalha.

Sua paixão por Cristo, que sendo rico se fez pobre, levou Isabel a segui-lo radicalmente e a descobri-lo e servi-lo em seus “representantes, os pobres e crucificados da terra”, como disse o documento final de nosso Capítulo Extraordinário (Shc 9). Isabel servia pessoalmente aos abatidos, aos pobres e enfermos. Cuidou dos leprosos, a escória da sociedade, como Francisco. Dia a dia, hora a hora, pobre a pobre, viveu e consumiu a misericordia de Deus no rio de dor e de miséria que a envolvia. Nos desventurados, Isabel via a pessoa de Cristo (Mt 25,40). Isto lhe deu forças para vencer sua repugnancia natural, tanto que chegou até a beijar as feridas purulentas dos leprosos.

Forjada na forma evangélica de Francisco de Assis, como Poverello, e Clara, sua “Plantinha”, Isabel abandonou os romances e ambições do mundo, a pompa de sua corte, as comodidades, as riquezas, os trajes de luxo… Deixou seu castelo e armou sua tenda entre os desprezados e feridos para servi-los.

A santidade consiste em amar como Jesus amou. Amar a Deus e amar o próximo, dois mandamentos que não se podem separar. Paixão por Cristo, paixão pelos pobres, duas paixões que necessariamente vão sempre juntas. Tudo isso não será uma loucura? Sim, esta a loucura de amor que não conhece limites, é a loucura da santidade. E a de Isabel é uma autêntica loucura. Em sua vida brilha com singular esplendor a supremacia da caridade. Sua pessoa é um canto de amor, modelado no serviço e abnegação, para semear o bem. É esse amor que fez brotar nela uma ardente força interior, própria de uma “mulher varonil”, como é Isabel, e levava-a irradiar alegria e serenidade, mesmo na tribulação, solidão e dor. E fiel ao que escreveu: “Temos de fazer os homens felizes”, conforme dizia às suas irmãs, Isabel alegrava o coração de quem a ela se acercava. O fundo de sua alma estava habitado pelo reino da paz.

Isabel passou por esta vida como um meteoro luminoso de esperança. Lançou luzes na escuridão de muitas almas. Levou a alegria aos corações dos aflitos. Nada poderá contar as lágrimas que secou, as feridas que cicatrizou, o amor que despertou.

Neste momento em que nossa Ordem está empenhada na renovação profunda para seguir “mais de perto” e “mais radicalmente” a Cristo, e quando o Capítulo Geral Extraordinário nos convidou repetidas vezes a “ser menores com os menores da terra”, Isabel se nos apresenta não só como uma mulher profundamente evangélica, senão também como um modelo a seguir em sua paixão por Cristo e pelos pobres.

Invoquemos a personalidade tão singular de Isabel, para que, através do conhecimento e da admiração por esta figura, todos quantos que seguimos a Cristo, seguindo os passos de Francisco, de Clara e de Isabel, nos convertamos em instrumentos de paz e alegria, e aprendamos a derramar um pouco de bálsamo nas feridas de nosso entorno, a humanizar o que nos rodeia, a secar algunas lágrimas. Coloquemos nosso coração onde não há misericordia do Pai. O compromisso que viveu Isabel estimule nosso compromisso. Seu exemplo e intercessão iluminam nosso caminho até o Pai, fonte de todo o amor: o Bem, todo o bem, sumo bem; o silêncio e o júbilo.

Fonte: http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/especiais/2010/stisabel/02.php

domingo, 6 de novembro de 2011

SOMOS SANTOS JÁ, NA MEDIDA EM QUE PERTENCEMOS A DEUS NO PRESENTE

A festa de todos os santos abrange os três momentos do tempo, além da dimensão universal do espaço. De fato, celebramos os justos do passado, celebramos a vocação à santidade futura (o "céu"), e celebramos a santidade como dom (graça) presente.

Como esta dimensão presente é a em que menos se pensa quando se fala de santidade, achamos que ela merece uma atenção especial: é a mensagem das Bem-Aventuranças, no evangelho de hoje (Mt 5,1-12, cf. 4° dom. T.C./A). As Bem-Aventuranças devem ser entendidas como uma proclamação da chegada do Reino de Deus para as pessoas que vão ficar felizes com isso (Lc 6,24-26 acrescenta também aqueles que vão ficar infelizes ... ). São, ao mesmo tempo, a proclamação da amizade de Deus para aqueles que participam do espírito que é evocado por oito exemplificações, e (sobretudo na versão de Mt) um programa de vida para todos os que escutam a palavra do Cristo.

Este programa de vida já entra em ação desde que alguém se toma discípulo de Jesus: os que estão realizando este programa já são "santos". Por isso, este evangelho foi escolhido para a festa de hoje. Jesus proclama a bem-aventurança (a felicidade, o "bom encaminhamento", a "boa ventura") dos "pobres no espírito" (= semitismo: os diminuídos até no alento da vida; não se trata da questionável "pobreza espiritual"), porque deles é o Reino dos Céus, ele não quer dizer o além da morte - uma recompensa futura pela carência na terra - mas a realidade presente. "Reino dos Céus" é maneira semítica de dizer "Reino de Deus" (por respeito, Deus é chamado "os Céus"). E o Reino de Deus começa onde se faz a vontade de Deus, como aprendemos do Pai-nosso, que Jesus ensina em seguida (Mt 6,9-13). Se entendêssemos as Bem-Aventuranças somente como uma compensação para depois da morte, elas seriam "ópio do povo". Mas o contrário é verdade: elas são um incentivo para realizar, desde já, o novo espírito, que traz presente o Reino. O sentido das Bem-Aventuranças é, exatamente, relacionar o dom escatológico (expresso nos termos: "serão consolados, serão saciados" etc.) com a realidade de hoje. O dom escatológico não cai do céu, mediante a atuação de algum mágico, mas é o que, da parte de Deus, corresponde à atitude do justo, do servo, do "pobre do Senhor". Corresponde à atitude de não procurar a mera afirmação pessoal no poder e na riqueza, mas de dispor-se inteiramente para a obra de Deus, pelo esvaziamento, a mansidão, a paciência no sofrer, a sede de justiça divina, o empenho pela paz ... Em outros termos, somos santos já, na medida em que pertencemos a Deus no presente. Então, também o futuro de Deus nos pertence.

A mesma mensagem proclama a 2ª leitura (1Jo 3): nossa atual santidade, por sermos filhos de Deus, embora ainda não seja manifesto "o que seremos" (= a nossa glorificação). Portanto, quem é celebrado hoje é, em primeiro lugar, os "filhos de Deus" Santos neste mundo.

A isto se une a visão antecipada do autor do Apocalipse sobre a plenitude dos que aderiram a Cristo, seguiram o Cordeiro (1ª leitura). É o número perfeito das tribos (12 x 12.000), os eleitos de Israel (o autor é judeu-cristão), mas também um número inumerável de todas as nações (universalismo - mas ainda assim há quem ensine que no céu só tem 144.000 lugares ...).

Ora, tanto na mensagem das Bem-Aventuranças quanto na visão do Apocalipse ganham um destaque especial os mártires, os que são perseguidos por causa do evangelho, os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro e vêm da grande tribulação. Testemunhar de Cristo com seu sangue é a marca mais segura da santidade. Mas, com ou sem sangue, todos deverão fazer de sua vida um pertencer a Cristo, para que possam ser chamados "santos", i.é, consagrados a Deus.

As orações insistem muito na intercessão dos santos. É um aspecto deste dia, que atinge muito a sensibilidade popular. É preciso fazer aqui um delicado trabalho de interpretação. Confiar em alguém como intercessor supõe sentir-se solidário (familiar) com ele. Será que vivemos como familiares destes intercessores? Será que cabemos na sua companhia?


Do livro "Liturgia Dominical", de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
Fonte: http://www.franciscanos.org.br/v3/vidacrista/liturgia/liturgiadominical/2011/novembro/061111b.php
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