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sábado, 24 de setembro de 2011

CANINDÉ-CE, A CIDADE DA FÉ ESTÁ EM FESTA!


Aconteceu na madrugada desse sábado a Abertura de mais uma Festa de São Francisco das Chagas de Canindé, no Sertão Central do Ceará.

A abertura da Festa é um dos momentos mais esperados pelos devotos. Para esse momento milhares fiéis saíram em caminhada de suas comunidades da zona rural, dos bairros de Canindé, como de cidade vizinhas. Os romeiros de São Francisco das Chagas não se abatem pelo cansaço e assim caminharam horas durante a noite pelas estradas para acompanhar a Santa Missa de Abertura e o Levantamento das Bandeiras, que acontece na Praça da Basílica. O local ficou tomado pela multidão que naquele momento encheu o coração de alegria, fé e emoção. Cada comunidade que chegou foi recebida com entusiasmo pela Equipe de Acolhida com cantos, louvores e orações de São Francisco que muito emocionam os devotos.

A celebração inicia ao som marcante das badaladas do saudoso sineiro, Getúlio Colares, deixando ainda mais bonita a festa de São Francisco das Chagas de Canindé.
Viva São Francisco das Chagas!

Transmissão AO VIVO das Missas e noites de Novena, pela Internet

O Santuário-Paróquia de São Francisco das Chagas de Canindé transmitirá pelo Site do Santuário, entre os dias 24 de setembro a 04 de outubro, as Santas Missas de 9h, diretamente da Praça da Gruta (atrás da Basílica) e as noites de Novena, da Praça dos Romeiros, às 18h.

Será emocionante acompanhar a mensagem de evangelização franciscana de nossos irmãos sacerdotes e o testemunho de fé dos irmãos romeiros, paroquianos e visitantes que na ocasião estarão presentes em nosso Santuário durante os dias de Festa, para louvar, bendizer, agradecer e viver esse clima de amor e devoção para com nosso Santo de Canindé, São Francisco das Chagas.

Para assistir clik aqui: http://www.grupozoe.com.br/aovivo/igrejaCEARA/player400x300.html

Fique ligado nos horários das transmissões e ajude-nos a divulgar essa boa notícia a todos.

Fonte: Setor Comunicação do Site Santuário.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CONSTRUIR A PAZ APESAR DAS GUERRAS

Dia 11 de setembro, o mundo inteiro lembrou os dez anos dos atentados terroristas contra os Estados Unidos e que resultou na morte de quase três mil pessoas. O poder militar dos americanos, o maior do mundo, viu-se impotente diante dos atentados e mais uma vez ficou comprovado que a violência gera violência. E os Estados Unidos, sob o pretexto de caçar os terroristas, empreenderam e continuam empreendendo suas ações militares em várias partes do mundo, particularmente no Afeganistão.

Jamais podemos aprovar o terrorismo, mas também não acreditamos que a violência seja a arma ideal para combatê-lo. A humanidade criou muitos espaços de diálogo, como a Organização das Nações Unidas, sobretudo após a Segunda Guerra mundial, justamente para evitar confrontos militares que matam milhares e até milhões de civis inocentes e devasta a natureza, como foi o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima e Nagasaki, empreendido pelos Estados Unidos em 1945. Em Hiroshima foram 140 mil mortos e 80 mil em Nagasaki. A ineficácia das organizações de diálogo e de construção da paz é conseqüência dos interesses econômicos das grandes nações e que estão acima do poder político que é o mediador dos conflitos.

Coincidentemente no domingo (11), o texto do evangelho proclamado nas missas, no mundo inteiro, faziam ecoar a pergunta de Pedro dirigida a Jesus, e a resposta cheia da sabedoria do Filho de Deus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes?” E Jesus respondeu: “Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta vezes sete” (Mt 18,21s), expressão que significa na língua de Jesus: “sempre”.

O cristianismo ensina que Deus é misericordioso e está sempre disposto a perdoar o pecador arrependido. Aprendemos isso claramente com Jesus que, crucificado, ainda pedia pelos seus algozes rezando ao Pai: “Perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!” (Lc 23,34). E diariamente rezamos a oração que o Senhor nos ensinou, na qual dizemos: “perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Foi na escola do Evangelho que São Francisco se formou e por isso, a mensagem que o santo de Assis nos deixou foi de paz e bem para toda a humanidade. Quem conhece São Francisco e procura seguir seu exemplo de vida sabe muito bem que ele trabalhou muito pelo diálogo e a compreensão entre as pessoas. É emblemático o encontro dele com um líder árabe o sultão Al-Malik al-Kāmil, isso em pleno século XIII. Enquanto a hierarquia da Igreja motivava as cruzadas que iam contra os mulçumanos para garantir a presença dos cristãos nos Lugares Santos da Palestina, com a força das armas, São Francisco, com a força do diálogo e do testemunho de sua fé em Jesus Cristo garantiu a presença dos cristãos na Terra Santa até os dias de hoje.

Que a memória do dia 11 de setembro de 2001 nos leve a refletir e assumir o diálogo, a solidariedade e a justiça como verdadeiras armas para construir a paz. Não podemos transformar essa celebração dessa memória num pretexto para incitar atitudes de ódio, de preconceito e de vingança. Como afirmou o santo padre Bento XVI ontem, “devemos resistir à tentação do ódio” e “trabalhar na sociedade inspirando-nos nos princípios de solidariedade, de justiça e paz".

“Felizes os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9), este é o ensinamento de Jesus, em seu Evangelho e que deve se tornar nosso critério no relacionamento com todas as pessoas.

Frei Marconi Lins, OFM

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Grito dos Excluídos: uma mobilização nacional pelos direitos do povo brasileiro

Ao longo desta semana, de 1º a 7 de setembro, todas as regiões do país celebram a 17ª edição do Grito dos Excluídos, cujo lema é “Pela vida grita a terra… Por direitos todos nós”. Trata-se de um conjunto de manifestações populares carregada de simbolismo, aberta às pessoas, grupos, entidades, Igrejas e movimentos sociais comprometidos.

No Recife, uma grande caminhada pretende chamar a atenção da sociedade para o uso indiscriminado do agrotóxico e para a Reforma Política. “O Grito dos Excluídos é uma importante forma de mobilização porque reúne vários movimentos e grupos sociais gritando por um único objetivo”, disse uma das coordenadoras do Grito no Recife, Sandra Gomes. A concentração acontece nesta quarta-feira, 7, a partir das 8h, na praça Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista, centro do Recife. Assim como nos anos anteriores os participantes seguem pela avenida Conde da Boa Vista em direção ao Pátio do Carmo.

Três são os objetivos da mobilização nacional: denunciar o modelo político e econômico que concentra riquezas e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; e por último, propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social.

Realizado desde 1995, o Grito dos Excluídos teve origem no então Setor Pastoral Social da CNBB, cujo presidente na época, era o bispo de Jales (SP), dom Luiz Demétrio Valentini. Para ele, os 17 anos de realização do Grito mostram sua força e modelo eficiente para propor discussões em torno dos problemas sociais do país. O bispo elenca algumas das bases que sustentam a mobilização por tantos anos.

“Sua ligação com a temática tratada pela Campanha da Fraternidade a cada ano, depois a vinculação com a CNBB, a convocação para o dia da pátria, da Independência; o resgate de valores da cidadania”, sublinhou. Tem contribuído também para o crescimento do Grito as reflexões sobre temas essenciais para a vida da democracia brasileira.

“A cada ano somos levados a refletir sobre os gritos que se levantam e que precisam ser ouvidos; somos chamados a dar respostas conscientes para a nossa pátria, como em relação às drogas e à juventude que é traiçoeiramente envolvida por ela, tendo em vista que a população brasileira corre perigo; o grito muito forte contra a corrupção política, que se estende por tanto tempo e, em relação à natureza, que precisa ser cuidada”, enumerou.

O membro da coordenação nacional do Grito dos Excluídos, Ari Alberti, destaca que o Grito tem um papel muito forte de conscientização e envolvimento da população brasileira. “É uma forma de dizer que não queremos apenas ver no dia da pátria, passivamente, o desfile de soldados e armas de guerra, mas queremos participar e exigir os nossos direitos e uma sociedade igual para todos”. Segundo Alberti, o evento tem crescido nos últimos anos e recebido adesão de muitas cidades, como exemplo o município de Jundiaí, no interior de São Paulo, que vai realizar o Grito pela primeira vez.

“O Grito dos Excluídos é hoje uma realidade nacional e acontece em todos os estados, além de receber adesão de novas cidades todos os anos. É um processo de construção coletiva que não se esgota no evento, mas há um antes, um durante e um depois com consequências para a vida das pessoas”, afirmou.

As atividades desenvolvidas na Semana da Pátria são as mais variadas: atos públicos, romarias, celebrações especiais, seminários e cursos de reflexão, blocos na rua, caminhadas, teatro, música, dança, feiras de economia solidária, acampamentos.

Fonte: http://www.arquidioceseolindarecife.org/2011/09/grito-dos-excluidos-uma-mobilizacao-nacional-pelos-direitos-do-povo-brasileiro/

domingo, 4 de setembro de 2011

ESCUTAR E OBEDECER A PALAVRA DE DEUS

Setembro é o Mês da Bíblia, para nós católicos. É um tempo forte de animação da catequese bíblica e de aprofundamento da mensagem de um dos livros da Sagrada Escritura. Este ano, a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propôs para o estudo bíblico os capítulos 15 a 18 do Livro do Êxodo, conhecido como "Livro da Travessia". Por esta razão, o tema do Mês da Bíblia deste ano é "Travessia: passo a passo, o caminho se faz", e o lema "Aproximai-vos do Senhor".

Conhecer nosso livro sagrada – a Bíblia – implica viver sua mensagem e assumir as conseqüências da fidelidade à Palavra de Deus em nosso dia a dia, começando na vida familiar. Assim sendo, conhecer a Palavra de Deus revelada pelas Escrituras não é uma realidade intimista, mas social, pois vivemos no mundo, numa realidade que significa estar em contato com as pessoas em muitos lugares e situações.

Quando o salmista afirma “Tua Palavra é lâmpada para os meus passos, luz para o meu caminho” (cf. Sl 118,105) ele quer dizer que sua vida é conduzida e orientada pela obediência à Palavra de Deus. Não adiante conhecer intelectualmente a Palavra ou mesmo anunciá-la sem repercussão na vida concreta, sem testemunhar sua eficácia nas palavras que falamos, nas opções e atitudes que assumimos todos os dias!

Jesus, certa vez afirmou: “Não basta dizer: ‘Senhor, Senhor!’ para entrar no Reino dos céus; é preciso fazer a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). Com isso fica patente que não basta conhecer a Palavra, mas obedecê-la. É interessante que na língua do Antigo Testamento, a língua hebraica, ouvir e obedecer são palavras sinônimas, pois obedece à Palavra de Deus quem se deixa orientar por ela.

Nosso pai São Francisco em sua sétima Admoestação ensina a seus frades o seguinte: “Diz o apóstolo: A letra mata, mas o espírito vivifica (2Cor 3,6). São mortos pela letra os que só desejam conhecer as palavras, para serem tidos como mais sábios entre os outros e pode¬rem adqui¬rir grandes riquezas e dá-las aos parentes e amigos. E são mortos pela letra os religiosos que não querem seguir o espírito da letra di¬vina mas só desejam saber mais as palavras e interpretá-las para os outros. E vivificados pelo espírito da letra divina são aqueles que não atribuem ao corpo toda letra que sabem e desejam saber mas por palavra e exemplo devolvem-nas ao al¬tíssimo Senhor Deus, de quem é todo bem”.

Busquemos neste Mês da Bíblia, reavivar nossa escuta da Palavra de Deus, disciplinando nosso ritmo de vida, hoje tão ativista, para silenciar diante das Palavras divinas e, acolhendo-as na mente e no coração, testemunhar a sua força transformadora. Dessa forma, ajudaremos outras pessoas a viverem a mesma experiência de conversão e transformação que fazemos diariamente e que caracteriza a vida cristã.

Vamos ler, acolher no coração e assumir na vida, os ensinamentos dos capítulos 15 a 18 do livro do Êxodo e certamente muita coisa mudará em nossa vida. O livro do Êxodo nos conta a experiência fundamental do povo hebreu que foi a saída (êxodo) do Egito para a Terra Prometida, atravessando o deserto e aprendendo com a jornada pedagógica de Deus durante quarenta anos de caminhada.

A vida é uma travessia e, passo a passo, torna-se história na qual Deus se faz nosso companheiro de caminhada.

“O Senhor lhes dê a Paz!"

Frei Marconi Lins, OFM
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